THE DANCE
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THE DANCE
BRADLEY THEODORE
JUNHO | 2024
O QUE SAIU NA MÍDIA
No dia 20 de junho abre na 18, a mostra “The Dance” (A Dança) do artista Bradley Theodore, natural Turks and Caicos, que mora e fez fama em Nova Iorque. Ocupando toda a galeria com diversas obras, a mostra propõe uma brincadeira entre o ato de dançar e as características multidisciplinares de seu trabalho, comunicando-se com diferentes culturas através de ícones, arte, e muita cor.
O artista representa os grandes ícones contemporâneos como esqueletos, não em uma referência à morte, mas como parte fundamental de qualquer ser humano. Estas grandes figuras da moda, cinema, música, esportes e ícones da cultura pop, são simplificados às suas marcas registradas, os elementos mais conhecidos que os tornam facilmente reconhecíveis independentemente da língua ou onde seja visto. O trabalho do artista brinca com o que é ‘legado’ e o que é ‘gente como a gente’.
A multidisciplinaridade de Bradley começa com a influência da sua atuação no design gráfico e em animação, transmitido em tinta acrílica sobre canvas, serigrafia, esculturas e grandes murais em Milão, Paris, Tokyo e Hong Kong, e mais recentemente, a tinta a óleo. Para além das técnicas distintas, o trabalho de Bradley alcança a multimídia, transmitindo a essência do seu trabalho em vestuários e calçados para as passarelas da alta moda, para a dança em palcos de teatro, arte 3D, e a música.
Com pinceladas amplas e gestuais largos, misturando a abstração geométrica com o figurativo, e cores vibrantes que remetem à Miami, onde ele cresceu, Bradley Theodore busca expressar em cores as suas memórias e experiências de vida, mas também emoções comuns a todos.
“Meu trabalho é sobre olhar profundamente dentro de indivíduos, o que permite olhar profundamente dentro de si mesmo. Quando criança, cresci ponderando o que havia por trás das ações de alguém. Isso sempre me intrigou. Essa é a maior questão para os seres humanos.” Fala de Bradley Theodore para matéria para GQ em tradução livre.
Em uma busca entre o ‘eu’ externo, o ícone que todos conhecemos, e o ‘eu’ interno, a pessoa mortal por trás da figura pública, lifestyle e arte mesclam-se como parte da iconografia do artista, juntas, tornam-se as figuras universais e multicor dos seus trabalhos. Buscando inspiração em diversos continentes, da América Latina, Europa ao Japão, e em contato com diversos setores da arte, o artista não busca entre eles suas diferenças, mas sim o que existe em comum entre todos.
A mostra “The Dance”, brinca com universalidade da cor, do esqueleto, celebridades e ícones pop, com o que é multicultural para a sociedade contemporânea, uma época de grandes mídias e comunicação global.